A RIAA (Associação Americana da Indústria Fonográfica) divulgou quanto gastou com honorários advocatícios e custas processuais na sua luta contra a violação de direitos autorais nos EUA. Os números revelam uma realidade patética.
Documentos oficiais da associação, que defende os interesses das gravadoras americanas, apontam que a RIAA gastou US$ 16 milhões só com as cinco maiores firmas de advocacia com quem trabalhou em 2008. Valor absurdo em qualquer lugar do mundo.
O mais inacreditavel é que, todo essa despesa resultou na recuperação de apenas US$ 391 mil, juntando acertos e ações vitoriosas na Justiça. Quer dizer, ficou aí um rombo de mais de US$ 15 milhões e meio só no ano de 2008.
Em 2007, o panorama foi mais triste ainda para a RIAA. Entre janeiro e dezembro daquele ano, as gravadoras gastaram US$ 21 milhões em questões legais (entre honorários e custas de processos) e mais US$ 3,5 milhões em operações investigativas. Tudo isso para ganhar US$ 516 mil ao final de 12 meses.
Trocando em miudos, a indústria fonográfica americana conseguiu a proeza de gastar US$ 64 milhões em três anos para “recuperar” US$ 1.3 milhões.
Além da abordagem mostrar-se uma perda de tempo, o setor não está em condições de ficar jogando dinheiro fora. As vendas de discos despencaram 12,7% em 2009. É o oitavo ano seguido de queda. Segundo análise da revista Billboard, o número só não foi pior causa da ajuda que a morte de Michael Jackson deu às vendas.
Com tudo isso, fica cada vez mais difícil defender a perseguição a quem faz downloads ilegais de música. Já deu para ver que essa caça às bruxas só está causando mais um rombo no orçamento da indústria fonográfica.