Conforme o produtor Edin Sarkic havia comentado na última semana, o governo da Bósnia cedeu às pressões dos estúdios e retirou a proibição que impedia a atriz Angelina Jolie a gravar sua estreia como diretora em solo bósnio, com elenco local e uma boa dose de polêmica.
O filme, que ainda não tem título definido, foi banido por que começou a circular no país um boato de que se trataria da história de uma mulher bósnio-muçulmana que se apaixona por um soldado sérvio que a estuprou, um argumento que o governo e o ministério da cultura do país consideraram ofensivo e traumático, devido aos anos de conflitos entre bósnios, croatas e sérvios nos Bálcãs.
“Espero que as pessoas não julguem o filme antes de vê-lo. Decidi rodar nesta região e usar este período histórico para lembrar o que ocorreu em um passado não tão distante às vítimas que sobreviveram à guerra”, disse a atriz no início da semana. “Seria uma vergonha se pressões injustas, baseadas em informações incorretas nos impedissem de rodar na Bósnia.”
O roteiro do filme de Angelina não foi divulgado ainda, mas a atriz disse em agosto passado, em uma visita à Bósnia, que não teria caráter político e seria uma história de amor de um casal que já se conhecia desde antes da guerra e que teria dificuldades na relação por conta do conflito.
Há algumas semanas, a atriz iniciou as gravações do filme na Hungria e tinha previsto rodar na Bósnia ainda neste outono (hemisfério norte).