Avenida Q

Avenida Q EM PÂNICO

Quem?!?!Musical da Broadway!

BROADWAY
Pior: Eu não vi o espetáculo de vocês na Broadway de Nova York.
Avenida Q: Pobre.
Emílio: Vocês são de onde?
Avenida Q: Cada um é de um lugar.
Pior: Vocês fazem a montagem brasileira da peça?
Avenida Q: Isso.
Pior: Mas vocês recebem em dólar, euro ou real?
Avenida Q: Em real. Isso que é fogo.

TÉCNICAS
Silveirinha: Existe o Blue Man Group, o Cirque Du Soleil e vocês. Como é o treinamento que vocês recebem para fazer este tipo de espetáculo? Vocês treinam fora do Brasil?
Avenida Q: Quem dera! Nós fizemos um workshop de 40 dias para aprender a manipular os bonecos, que só chegaram pouco antes da nossa estréia. Primeiro nós fizemos todas as marcações do espetáculo, depois partimos para os bonecos e tivemos que adaptar as marcações.
Emílio: Então, vocês não tinham nenhuma habilidade com os bonecos?
Avenida Q: Adquirimos a habilidade no workshop. Aprendemos a lidar com o boneco. Em um espetáculo assim, o ator não pode estar à frente do boneco. O objetivo é fazer com que o público nos enxergue como um só. Rola uma alquimia. O rosto do boneco se transfere para o ator e vice-versa.
Amanda: Com o que vocês ensaiavam antes dos bonecos chegarem?
Avenida Q: Ensaiávamos com as mãos.
CENSURA
Baiana: É muito difícil atrair o público feminino para um espetáculo com bonecos?
Avenida Q: É. Nós temos sempre que explicar o conteúdo do espetáculo para a galera entender. Os bonecos são bonitinhos, mas ordinários. Eles falam muita besteira, mas falam sobre a vida real. É uma ótima peça para os adolescentes.
Emílio: A peça tem censura?
Avenida Q: A censura é 14 anos, mas a criançada entra com os pais.
Bola: No exterior, a turma fala mais besteira em teatro. Vocês tiveram que adaptar o texto para apresentá-lo aqui?
Avenida Q: Sim. Nós fizemos uma versão para o texto original (em inglês). Isso para aproximar as falas da realidade brasileira.

CONCENTRAÇÃO
Silveirinha: Qual é a maior dificuldade que vocês encontram para dar vida a um personagem?
Avenida Q: A maior dificuldade é encontrar uma sincronia perfeita entre os bonecos e os nossos movimentos no palco. Quando você fala, o boneco tem que falar junto com você. Outra coisa é o timbre da voz. Como fazemos personagens diferentes na mesma peça, temos que tomar cuidado para não confundirmos as vozes. O espetáculo exige uma concentração muito grande.


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Avenida Q