Live fast, die young: a vida e a carreira do mito James Dean
Se aquela manhã de 30 de setembro de 1955 não tivesse terminado tragicamente, James Dean se tornaria, nesta terça (8), um senhor de 80 anos. Mas, da mesma forma como é difícil imaginar como poderia ter sido sua carreira, é absolutamente impossível conceber a imagem dele como um “vovô”.
Afinal, ninguém representou tão bem o ideal de juventude quanto ele – a ponto de, mais de 50 anos após sua morte, ainda ser emulado em filmes, ensaios e editoriais de moda, citado como ídolo e exercer influência sobre pessoas que nasceram décadas depois de seu acidente fatal.
James Dean era o cara certo, na época certa. Ator talentoso, foi a perfeita tradução do jovem incompreendido, tido como rebelde, mas que no fundo queria (e precisava) de atenção e afeto. Isso ficou evidente logo em seu primeiro filme, Vidas Amargas, e foi reforçado no segundo, Juventude Transviada, quando ele foi alçado de vez ao posto de ícone de uma geração (ou de várias, como mais tarde ficaria comprovado).
Mas mesmo tendo alcançado o sucesso tão rápido, com apenas três filmes, o ator não chegou a aproveitar muito. Quando seu terceiro e mais ambicioso longa foi lançado, em 1956, James Dean já estava morto.
Assim Caminha a Humanidade, aliás, sequer estava pronto quando ele estava a caminho de uma corrida e seu Porsche 550 Spyder foi atingido em cheio por um Ford Custom Tudor preto e branco em um cruzamento próximo a Cholame, na Califórnia.
Dean também não viveu para receber suas duas indicações ao Oscar: por Vidas Amargas, em 1956, e por Assim Caminha a Humanidade, em 1957. Ele foi o primeiro ator a ser indicado postumamente, mas não ganhou em nenhum dos dois anos.