Sem uma oposição atuante há alguns anos, o São Paulo viu nas últimas semanas o cenário mudar dentro do clube. Contra o possível terceiro mandato de Juvenal Juvêncio, Edson Lapolla surgiu como oposicionista e comemorou o veto a candidatura do atual mandatário.
“Nós conseguimos uma importante vitória para o São Paulo, não para oposição ou situação. Sabemos que eles ainda podem reverter juridicamente a situação, mas, pela lógica, não acreditamos que uma reeleição do Juvenal seja possível”, disse Lapolla.
A situação no clube, segundo o dirigente, é simples. A oposição ganhou em quatro instâncias uma ação que obriga qualquer alteração no estatuto passar pela Assembleia Geral. Agora, o caso vai ser julgado em Brasília e uma quinta decisão a favor dos oposicionistas deve acontecer.
Caso isso aconteça, Juvenal Juvêncio pode convocar uma Assembleia Geral para julgar sua reeleição, o que possivelmente faria o situcionista ganhar. No entanto, isso invalidaria a mudança estatutária de 2008 quando o atual presidente aumentou seu mandato de dois para três anos sem convocar a assembleia.
Apesar de comemorar o veto a Juvenal Juvêncio, Lapolla avisa que não tem interesse nenhum em criar uma oposição ao São Paulo e tudo que ele quer é restabelecer ordem ao clube.
“Nós queremos primeiro restabelecer ordem, e segundo, apresentar nossas propostas para o candidato da oposição desde que esse candidato aceite diálogo para o bem do clube. Atualmente, o Juvenal Juvêncio se acha o todo poderoso e não ouve ninguém”, afirmou o oposicionista.
Com Juvenal Juvêncio por fora, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, atual vice-presidente, João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol, e Julio Casares, vice-presidente de comunicações e marketing, aparecem como nomes para assumir o cargo pela situação.
Pela oposição, Édson Lapolla avisou que deverá ser o candidato e que isso só pode mudar caso o seu grupo decida por outro nome.