O cineasta Eduardo Coutinho, de 80 anos e considerado como um dos principais documentaristas do Brasil, foi assassinado neste domingo a facadas em sua residência no bairro da Lagoa, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o autor do crime é o filho do diretor, Daniel Coutinho, que sofre de esquizofrenia.
Daniel foi encontrado ferido com duas facadas no abdômen e a mulher do cineasta e mãe de Daniel, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, levou duas facadas no tórax e três no abdômen, sendo que uma delas provocou lesões no fígado. O filho do cineasta, segundo a Divisão de Homicídios, responsável pelo caso, golpeou os pais e depois tentou se matar.
O quadro de saúde de Daniel, que está sob custódia na enfermaria do Miguel Couto, é estável, mas Maria das Dores se encontra em estado grave após passar por uma cirurgia delicada.
Coutinho é autor de documentários como “Edifício Master”, “Cabra Marcado para Morrer”, “Babilônia 2000” e “Jogo de cena”. O cineasta foi convidado em junho do ano passado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.
De acordo com colegas e amigos do diretor, como os diretores Cacá Diegues e José Padilha, Coutinho criou uma nova linguagem para os documentários. O cineasta tem entre seus prêmios um Kikito de Cristal, concedido em 2007 pelo Festival de Cinema de Gramado, o principal do país, pelo conjunto de sua obra.