A lista oficial de mortos no naufrágio do “Bulgária“, o barco turístico que afundou no domingo nas águas do Volga, já soma 73 pessoas, 11 são crianças, informou nesta terça-feira o Ministério de Situações de Emergência da Rússia.
Dezenas de familiares das vítimas depositaram flores no local exato onde o barco afundou. No mesmo local continuam os trabalhos de resgate, detalha a agência oficial russa RIA Novosti.
Pelas últimas informações, a bordo do “Bulgária” estavam 205 pessoas, das quais 80 foram resgatadas com vida, por isso que o número de óbitos pode chegar a 115.
“Entre os mortos identificados está o capitão (do “Bulgária”) Aleksandr Ostrovsky e sua esposa”, confirmou um porta-voz do gabinete de crise responsável por coordenar os trabalhos de resgate dos corpos, citado pela agência Interfax.
O ministro de Situações de Emergência, Sergey Shoygu, informou que os trabalhos para retirar do fundo do rio a embarcação devem começar no sábado.
Conforme Shoygu, em breve chegarão a Kazan os especialistas para coordenar a recuperação da embarcação e os navios especializados para atuarem nas operações.
O ministro deu ordem para que sejam feitas fotografias do “Bulgária” para que os analistas conheçam com exatidão sua posição no fundo do rio.
O primeiro-ministro de Tartária, Ildar Khalikov, confirmou que dois navios passaram próximo ao “Bulgária” enquanto este afundava, embora tenha acrescentado que foi precisamente um deles o que avisou às autoridades sobre o naufrágio.
“Confirmamos o fato de que duas embarcações passaram pelas imediações da tragédia sem parar. Conhecemos seus nomes e os de seus capitães”, declarou Khalikov.
O dirigente da região onde ocorreu a tragédia assinalou, no entanto, que as circunstâncias deverão ser esclarecidas por uma comissão de investigação.
Por decreto do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, o país faz nesta terça-feira luto nacional em memória das vítimas da tragédia no rio Volga.
O naufrágio do “Bulgária”, um navio construído na Tchecoslováquia em 1955, foi o acidente fluvial mais grave na Rússia em quase 30 anos.