Fernando Ângelo
Quem?!?! Cantor, imitador, ator e jornalista
CARREIRA COMO JORNALISTA
Emílio: Você é de Minas gerais, certo?
Fernando Ângelo: Sou de Belo Horizonte.
Emílio: Você também é radialista, né?
Fernando Ângelo: Sou.
Carioca: Ele já foi da Globo!
Emílio: E ainda tem programa no rádio?
Fernando Ângelo: Não. Eu comecei na Tv Itacolomi 1972, depois fui para a rádio Capital, lá em Belo Horizonte, depois fui para a Tv Manchete e, finalmente, eu fui para a Globo. Mas quando eu trabalhei na Globo,eu já fazia shows, ou seja, de dia eu era repórter e à noite fazia os shows. Emílio: Globo Minas?
Fernando Ângelo: Isso, Globo Minas. E aí eu recebi um convite para ser repórter especial do Jornal Nacional, que é o sonho de todo repórter da Globo. Esse convite coincidiu com um show que eu fiz no Palácio das Artes em 1986, faz 26 anos isso, e aí, como lotou o Palácio das Artes, eu peguei recusei o convite. Então eu larguei o jornalismo para me dedicar à música e aos shows. Emílio: Você falou não para o jornalismo.
Fernando Ângelo: Falei.
Pior: Você poderia ser o novo Cid Moreira.
Fernando Ângelo: Pois é! Já pensou?
MÚSICA E IMITAÇÕES
Emílio: Daí, depois que você largou a carreira no jornalismo você se dedicou só pra música e… Fernando Ângelo: É, só fazendo os meus shows e imitações. Porque, como eu sou filho de uma cantora que foi rainha do rádio em Belo Horizonte, Eunice Fialho, uma grande cantora de Boleros e tal, a música sempre esteve muito presente na minha vida e eu me dediquei muito à música porque eu via a minha mãe cantando e gostava e tal. Então, quando eu comecei aprender a tocar violão, eu já tocava a música tentando fazer a voz do cantor ou da cantora. Me lembro que uma das primeiras imitações que eu fiz foi da Gal Costa.
Emílio: Mas como é que o cara descobre que ele pode imitar alguém? É pelo timbre, é pelo jeito, como é?
Fernando Ângelo: Olha, eu comecei a fazer imitações nas festinhas e tal. Então, por exemplo, eu quero imitar o Belchior. Daí eu vou começar a escutar dezenas de vezes a mesma música, vou anotar os detalhes que eu conseguir notar na música, a respiração que ele fez e tal. E aí eu treino.
“NÃO IMITAÇÕES”
Pior: Você faz a Elza soares também?
Fernando Ângelo: Não, não sei!
Emílio: Tem umas imitações que não dá pra fazer, né?
Fernando Ângelo: Têm, têm várias. Eu já tentei fazer a Elza Soares, mas não deu para fazer. Nem o Rod Stewart. Às vezes, porque você faz muitas imitações, as pessoas acham que você consegue imitar qualquer pessoa. Eu pelo menos não tenho essa cara de pau de chegar aqui e tentar fazer uma coisa que eu não sei.
Amanda: Mas aí você vai no Faustão e ele te coloca para fazer essas coisas.
Fernando Ângelo: Ele já me colocou várias vezes nesse aperto. Teve uma vez que o Beto Costa falou “vamos fazer aquela música ‘homem é homem, menino é menino, macaco é macaco, veado é veado’ com vários cantores?’ Então eu fiz com a Simone e outros cantores. Aí o Faustão na empolgação lançou “Agora Louis Armstrong cantando essa música!” Aí ferrou! Tive que improvisar no palco. Você tem que ter essa coisa de se virar na hora.