Mais de 5 mil artigos da coleção de objetos recuperados do lendário navio Titanic foram apresentados nesta quinta-feira (05) em Nova York, antes de serem leiloados em 11 de abril, três dias antes de o naufrágio mais famoso da história completar 100 anos.
A coleção, a maior de objetos resgatados do transatlântico, está avaliada em cerca de US$ 189 milhões e foi coletada durante mais de um quarto de século de expedições realizadas pela sociedade RMS Titanic.
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Um dos especialistas da associação que participou das viagens ao fundo do mar é Paul-Henry Nargeolet, que ficou tão entusiasmado com a missão que decidiu se aposentar como comandante da Marinha da França para entrar no interior da embarcação afundada mais conhecida de todos os tempos.
“Foi uma experiência preciosa, incrível. Sinto que tive muita sorte por ter sido designado, porque não é um trabalho comum”, declarou à Afência Efe, Nargeolet, diretor de pesquisas submarinas da Premier Exhibitions, a companhia matriz da RMS Titanic.
A coleção de artefatos resgatados do Titanic será leiloada em Nova York pela casa Guernsey’s, que exige dos aspirantes que todos os objetos sejam devidamente preservados e estejam disponíveis para ser vistos pelo público.
A RMS Titanic garante que todas as peças foram restauradas com as técnicas mais modernas e a maioria apresenta um estado ótimo de conservação, algo extraordinário se for levado em conta o fato de terem permanecido quase um século submersas em água salgada extremamente fria.
O tamanho das relíquias varia, indo dos pequenos grampos de cabelo, cachimbo e óculos até a maior peça do leilão: um pedaço do casco que pesa 17 toneladas.
Também se destaca um querubim de bronze que enfeitava a escadaria do navio, assim como o timão de madeira que era manejado pelo timoneiro do transatlântico.
O Titanic, que levava mais de 2 mil passageiros a bordo, colidiu com um iceberg em sua viagem inaugural, de Southampton (Reino Unido) a Nova York, na noite de 14 de abril de 1912, o que provocou seu afundamento quase três horas mais tarde, nas primeiras horas do dia 15, ao sul de Terranova (Canadá).
O naufrágio deixou como saldo 1.523 mortos. Os restos do navio, submersos a 4 mil metros de profundidade, foram localizados em 1985 e a partir de então foram realizadas várias expedições.