Celso Cavallini
Quem?!?! Esportista, repórter de matérias de aventura, apresentador de TV e palestrante sobre o “adrenalina e medo”
COMEÇO NA TV
Emílio: E como foi que você começou? Porque antes o teu negócio era na academia, não era?
Celso Cavallini: Eu dava aula de jiu-jitsu na época. E essa transição para a TV foi bem espontânea. Eu já dava entrevistas para alguns programas de destaque, como o do Jô [Soares] e da Marília [Gabriela], e uma vez eu fui chamado para participar de um programa da Band, que na época tinha a Eleonor Correa como diretora. E ela gostou e pediu para que eu voltasse na semana seguinte. Daí, quando eu voltei, ela me perguntou se eu não queria ir lá todas as semanas para fazer um quadro. Então eu comecei com um quadro de defesa pessoal. Daí ela foi para a Record e falou que precisava de um apresentador para ir lá para um programa jovem. Daí eu comecei a fazer um programa sobre academia para o SporTV, depois a Ana Maria Braga me puxou para o programa dela na Globo e aí a Record me puxou para o programa da Eliana. Eu parei de dar aula em academia faz uns cinco ou seis anos, porque durante uns dez anos eu fiz as duas coisas. Foi muito natural.
Emílio: Mas hoje o seu negócio é só a televisão e as palestras?
Celso Cavallini: Isso, só TV e palestra.
PALESTRAS
Emílio: Você tem uma palestra, que eu achei muito interessante, que fala sobre “adrenalina e medo”.
Celso Cavallini: É que na verdade eu acabei vivendo isso. Porque depois que fiz os quadros de defesa pessoal, vieram os de aventura, como aqueles que viraram hits, o que eu levava os artistas para fazer contas na montanha russa, o “passarela”…
Bola: Nesse daí teve nego que até chorou!
Celso Cavallini: Isso. Além dos meus quadros pesados de aventura. Então eu passei uns dez anos convivendo com esse negócio do medo, e não só o meu medo, como também o medo das pessoas. Daí eu comecei a pesquisar bastante sobre o assunto e acabou saindo essa palestra por esse motivo e, também, por uma vontade própria de voltar a ter contato com o público. Porque eu larguei a academia e comecei a gravar as matérias que era só eu e a natureza. Então eu tinha essa vontade de ter de novo contato com o público, que acho que deve ser semelhante à relação do artista com o teatro, sei lá.
Amanda: Que tipo de pessoa procura as suas palestras? Pessoas tristes?
Celso Cavallini: Então, eu tinha outra palestra que se chamava “Decidindo sob pressão”, que era sobre o comportamento das pessoas sob pressão, que eu usava para empresários, gente que tinha que assinar contratos grandes e estava ali, naquele estresse do dia-a-dia. Já o medo é um sentimento que é comum a todos, ou seja, todos nascemos com uma carga de medo. Então a palestra serve para todo mundo. Mas é claro que ela não vai curar o medo, até porque uma palestra de uma hora e meia para 300 pessoas não dá para fazer o mesmo trabalho que um psicólogo faria. Mas ela estimula as pessoas a enfrentar o medo e perceber que existe uma saída. E o medo possui uma proporção muito maior sobre aquele negócio que pensamos sobre medo de altura, medo de bixo etc. Por exemplo, ansiedade é medo, estresse é uma somatória de pequenos medos, ciúmes é medo de perder a pessoa etc. Então quando você aprende o processo, você começa a aplicar em outras áreas da sua vida.
CORPO SARADO E CORPO MAGRO
Celso Cavallini: Não existe corpo sarado sem musculação. Se alguém falar, me liga porque o cara está mentindo. O cara tem que fazer trabalho com peso, nem que seja com o próprio peso, fazendo barram ou com alguma caixa, sei lá. Só assim para desenvolver uma estrutura muscular igual a essas que se vê por aí.
Bola: À toa não vem, né!
Celso Cavallini: Não vem.
Amanda: Mas dá para ser magro sem fazer exercício nenhum?
Celso Cavallini: Magro, dá!
Amanda: O que precisa fazer?
Bola: Fechar a boca.
Celso Cavallini: Não precisa nem fechar a boca, precisa comer com qualidade. Comer de três em três horas, comer pouca gordura, eliminar o açúcar etc.