A atriz Marisa Orth, conhecida também pela veia humorística, falou ao jornal O Estado de São Paulo, desta segunda-feira (2), sobre os limites de uma piada – assunto que repercute desde que Rafinha Bastos foi processado por Wanessa Camargo. Segundo ela, a censura não deveria existir no humor e uma brincadeira só deveria ser extinta se não tiver graça.

“Muitas vezes [uma brincadeira soa preconceituosa]. Mas sou contra a censura. Existem coisas que são de mau gosto, mas engraçadas. Dói, mas você ri. Aí, a graça é legítima. Mas tem coisas que são só violentas. Daí não tem graça”. 

Marisa diz que o Brasil deveria ter o humor mais livre e investir mais em política. “A gente ainda tem alguns resquícios da ditadura. Temos medo, principalmente quando o assunto é política. Acho admirável, nos EUA, eles fazerem clone do Bush. Precisamos usar mais humor com os políticos”, defendeu.

De acordo com a atriz, ela procura não ofender ninguém com uma piada. “Não fico falando mal dos outros para fazer graça. Você tem de pesar quanto vai machucar ou vai provocar risos com a piada. Se for doer muito, esquece. Posso até fazer uma personagem que é a sua cara e aí você se identificar. Se você se identificar com a Magda, o problema é seu. Vai estudar”.  

Atualmente, ela está no musical A Família Addams, no Teatro Abril, em São Paulo. 


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Marisa Orth diz que é contra a censura no humor: "Limite é não ter graça"