A Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA) completa 35 anos em um momento de crescimento e transformação para o setor. Vanessa Costa, presidente da entidade, falou ao portal Vírgula sobre os avanços conquistados, os desafios do mercado e as perspectivas para o futuro.
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Desde sua fundação, a ADIBRA tem atuado na profissionalização do setor, promovendo segurança, inovação e representatividade junto ao poder público. Com mais de 250 empresas filiadas e cerca de 700 operações em todo o país, a entidade tem incentivado investimentos e a implementação de normas técnicas que garantem a excelência das atrações.
Para celebrar as três décadas e meia de atuação, a ADIBRA organizou um evento especial, pensado para ser uma experiência imersiva e afetiva. “Queríamos que fosse mais do que um evento institucional, mas sim uma viagem pela história dos parques no Brasil”, afirmou Vanessa. A celebração inclui exposições, atrações interativas e surpresas que remetem à magia dos parques.
O setor de parques e atrações tem forte impacto na economia brasileira, movimentando mais de R$ 8 bilhões por ano e atraindo mais de 128 milhões de visitantes. Nos próximos anos, os investimentos previstos superam R$ 15,5 bilhões, impulsionando novos projetos e melhorias nos parques existentes. No entanto, Vanessa destaca que o crescimento do setor depende de um ambiente regulatório favorável, incentivos ao turismo e qualificação da mão de obra.
Criada dentro desse universo, Vanessa Costa carrega a paixão pelos parques desde a infância. Filha de Célio Borges, um dos fundadores da ADIBRA, ela reforça a importância do entretenimento na criação de memórias afetivas e na valorização do turismo. “Mais do que uma empresária, sou parqueira por definição. Fazer parte desse setor é uma honra e uma grande responsabilidade”, afirmou.
À frente da ADIBRA, Vanessa lidera iniciativas de capacitação e inovação, promovendo treinamentos e parcerias estratégicas. A segurança também é uma prioridade da associação, que atua junto ao SINDEPAT e ao G20 para fortalecer o setor no cenário nacional.
Além da presidência da ADIBRA, Vanessa Costa também é sócia-diretora do Moreno’s Park e do Yupie! Park, além de assumir recentemente a diretoria de negócios do Cacau Park, um projeto inovador que une entretenimento e experiência sensorial. “O Cacau Park vai além das atrações tradicionais, conectando o público à história e ao processo de fabricação do chocolate”, explicou.
Para a presidente da ADIBRA, os parques e atrações desempenham um papel essencial na vida dos brasileiros. “Eles são espaços de conexão, onde famílias e amigos criam lembranças que permanecem por toda a vida”, concluiu. O impacto social do setor, aliado ao seu potencial econômico, reforça a importância de continuar investindo na evolução e no fortalecimento do mercado de entretenimento no Brasil.
Confira a entrevista na íntegra:
- Os 35 anos da ADIBRA marcam um momento importante para o setor de parques e atrações no Brasil. Quais foram os principais avanços da associação ao longo dessas décadas?
A ADIBRA tem sido essencial para moldar o setor de parques e atrações no Brasil, promovendo segurança, inovação e desenvolvimento profissional. Ao longo dessas três décadas e meia, fortalecemos a capacitação de profissionais, incentivamos investimentos, implementamos normas ABNT e trabalhamos ativamente na defesa dos interesses do setor junto ao poder público. Hoje, com mais de 250 empresas filiadas e representando cerca de 700 operações, a ADIBRA continua sendo referência, impulsionando um mercado que movimenta a economia e cria experiências memoráveis para milhões de brasileiros.
- O evento de celebração promete uma experiência imersiva para os convidados. Como foi o processo de criação desse formato?
Queríamos que a comemoração dos 35 anos da ADIBRA fosse mais do que um evento institucional, mas sim uma verdadeira viagem pela história dos parques no Brasil e uma celebração do setor em si. Desde o início, pensamos em criar algo que emocionasse os convidados e os transportasse para esse universo de magia e diversão. Por isso, incluímos elementos nostálgicos, exposições, atrações interativas e surpresas que resgatam a essência dos parques e sua importância na vida das pessoas. O evento foi planejado com muito carinho para ser uma celebração memorável, reunindo grandes nomes do setor em uma noite de festa e networking.
- O setor de parques e atrações tem uma forte ligação com o turismo e a economia. Quais são os desafios e oportunidades para o crescimento desse mercado no Brasil nos próximos anos?
O setor tem um impacto expressivo na economia, com um faturamento anual superior a R$ 8 bilhões e mais de 128 milhões de visitantes por ano. As oportunidades são enormes, especialmente com os R$ 15,5 bilhões em investimentos previstos para os próximos anos, que incluem novos projetos e melhorias nos parques existentes. O grande desafio, no entanto, é garantir um ambiente regulatório favorável e incentivar políticas públicas que fortaleçam o turismo e o entretenimento. Além disso, a qualificação da mão de obra e a inovação são fundamentais para que o setor continue crescendo de forma sustentável.
- Você cresceu dentro dos parques e sempre esteve conectada a esse universo. Como essa vivência influenciou sua trajetória profissional e sua visão sobre o setor?
Minha conexão com o setor começou desde a barriga da minha mãe, e essa vivência me deu uma perspectiva única sobre a vida e sobre gestão. Isso influenciou minha trajetória e minha dedicação à ADIBRA, pois, além do meu pai, Célio Borges, ter sido um dos fundadores da associação, acredito que o entretenimento tem um papel transformador, criando memórias afetivas e impulsionando o desenvolvimento do turismo e do lazer no país.
Mais do que uma empresária, sou parqueira por definição. Cresci dentro dos parques e aprendi desde cedo a importância desse setor, bem como os desafios inerentes à atividade itinerante. Sempre enxerguei o parque como um lugar onde momentos felizes acontecem e onde famílias se conectam. Fazer parte desse universo é uma honra e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade, porque trabalhamos diretamente com o sonho e a felicidade das pessoas. Minha trajetória foi naturalmente influenciada por essa paixão, e cada projeto que desenvolvo tem esse propósito: proporcionar experiências inesquecíveis para diferentes gerações.
- Como presidente da ADIBRA, você lidera iniciativas voltadas à capacitação e inovação no mercado de entretenimento. Quais ações têm sido prioritárias nesse sentido?
A capacitação sempre foi uma prioridade da ADIBRA. Nosso objetivo é preparar os profissionais do setor para os desafios do mercado, oferecendo treinamentos, workshops e parcerias estratégicas com especialistas nacionais e internacionais. Além disso, incentivamos a inovação, promovendo discussões sobre novas tecnologias e tendências no entretenimento.
A segurança também é um pilar essencial, e trabalhamos constantemente para garantir a excelência operacional dos parques e atrações no Brasil. A representatividade institucional e governamental veio como consequência desse trabalho e, hoje, atuamos em conjunto com nossa associação-irmã, o SINDEPAT, e o G20, grupo de associações do trade turístico que se fortalece a cada dia.
- Além da ADIBRA, você também é sócia-diretora do Moreno’s Park e do Yupie! Park. Como você enxerga o papel dos parques itinerantes na experiência do público e na evolução do setor?
Os parques itinerantes têm um papel fundamental no acesso ao entretenimento no Brasil. Eles levam diversão para diversas cidades, muitas vezes para locais onde não existem opções de lazer para a família. É uma das formas mais democráticas e inclusivas do lazer, reforçando a importância dos parques como espaços de convivência e alegria.
- Recentemente, você assumiu a diretoria de negócios do Cacau Park. O que podemos esperar desse projeto e como ele se diferencia de outros parques temáticos no Brasil?
Como grande entusiasta do setor, fico sempre animada e pronta para colaborar com qualquer novo parque no Brasil. O Cacau Park é um projeto muito especial, que combina entretenimento e experiência sensorial de forma única. Ele vai além das atrações tradicionais, proporcionando uma imersão completa no universo do cacau e do chocolate, conectando o público à história, à cultura e ao processo de fabricação de uma das paixões nacionais.
É um conceito inovador dentro do setor de parques temáticos no Brasil, unindo lazer, gastronomia e turismo de experiência, criando algo totalmente novo para o mercado. Me sinto muito honrada em fazer parte desse time do Mundo Show da Cacau Show.
- O setor de parques e atrações tem um forte apelo emocional, já que cria memórias afetivas para milhões de pessoas. Como você enxerga o impacto social desse mercado na vida das famílias brasileiras?
O impacto social dos parques vai muito além do entretenimento. Eles são espaços onde famílias e amigos se reúnem para viver momentos especiais, fortalecendo laços e criando lembranças que permanecem por toda a vida.
O setor também tem um papel importante no desenvolvimento cultural e econômico, gerando empregos, impulsionando o turismo e proporcionando acessibilidade ao lazer. Estar à frente desse mercado significa trabalhar com sonhos e emoções, o que torna nosso papel ainda mais significativo e inspirador.
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