No dia 6 de junho, o Selo Sesc apresenta o segundo lançamento do projeto Relicário: o álbum Zélia Duncan (ao vivo no Sesc 1997), disponível com exclusividade na plataforma Sesc Digital. O show era parte da série de entrevistas “Ouvindo Estrelas”, comandada pelo jornalista e pesquisador musical Zuza Homem de Mello, seguido de uma apresentação com os grandes sucessos e interpretações da artista
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Carioca, mas vivendo boa parte da juventude em Brasília, Zélia Duncan já acumula mais de 40 anos de carreira, sendo um dos principais nomes da música brasileira. Em julho de 1997, quando subia ao palco do Sesc Pompeia, Zélia estava em seu terceiro álbum, “Intimidade”, e já havia conquistado o público com a clássica “Catedral”, um dos seus maiores sucessos. A canção também é um grande marco da relação da artista com o Sesc Pompeia, pois foi nesse palco, no mesmo ano do lançamento da música em 1994, que Zélia Duncan ouviu o público cantar com ela uma de suas próprias composições. Três anos depois, já com a carreira consolidada, após retornar de um show no Central Park, em Nova York, uma miniturnê na Europa e conquistar um Disco de Ouro pelas 100 mil cópias vendidas por “Intimidade”, Zélia voltou ao mesmo palco para um papo divertido com Zuza Homem de Mello.
Zuza Homem de Mello
Referência no mundo da música, Zuza foi um grande pesquisador, jornalista, curador, diretor de shows e produtor musical. Falecido em 2020, aos 87 anos, Zuza Homem de Mello sempre foi apaixonado por música, com passagem pela Juilliard School of Music, de New York, e School of Jazz, em Londres, grandes centros musicais do mundo. Sua história se confunde com a da música popular brasileira, estando presente em grandes momentos e testemunhando o surgimento de nomes que iriam revolucionar o cenário nacional, como João Gilberto, Os Mutantes, toda a tropicália, entre outros.
Entre seus grandes trabalhos, está o projeto “Ouvindo Estrelas”, um talk show apresentado no Sesc Pompeia entre 1994 e 1997, onde recebeu artistas como Maria Bethânia, Ivan Lins, João Bosco, Gal Costa e Gilberto Gil, além da própria Zélia Duncan. Em mais um trabalho de resgate histórico, o Selo Sesc apresenta ao público, 26 anos depois, o animado papo entre Zuza e Zélia, em que a artista compartilha histórias do seu início de carreira. O álbum Zélia Duncan (ao vivo no Sesc 1997) também é uma homenagem a essa grande figura da cultura nacional.
“Eu estava no meu momento, a gravação que estamos lançando juntos é um documento lindo, para mim, também da minha cumplicidade com essa plateia que abriu para mim ouvidos e coração”, conta Zélia Duncan. “Lembro a minha entrada, daquele zumbido bom no ouvido, quando o público quer mostrar que te ama. Lembro o abraço no Zuza, lembro do quanto eu estava feliz”, recorda a cantora.
No show de 1997, recuperado pelo Selo Sesc, Zélia Duncan apresenta um repertório baseado nos discos “Zélia Duncan” (1994) e “Intimidade” (1996), com grandes sucessos como “Catedral”, “Não Vá Ainda”, “Sentidos” e “Nos Lençóis Desse Reggae”, além de grandes interpretações como “Boomerang Blues” e “Quase Sem Querer”, de Renato Russo, “Am I Blue For You” de Joan Armatrading, e um trecho de “A Cidade”, de Chico Science. A cantora foi acompanhada pelos músicos Ezio Filho (baixo e direção musical), Ricardo Brasil (percussão), Wallace Cardia (bateria), Luis Hiroshi (teclados) e Luiz Chaffin (guitarra, violão e bandolim).
Bate-papo de lançamento
E para celebrar o lançamento de Relicário: Zélia Duncan (ao vivo no Sesc 1997), o pesquisador musical e DJ Zé Pedro conversa com a cantora e compositora Zélia Duncan no mesmo palco de 26 anos atrás, no Sesc Pompeia, dia 6 de junho. A conversa irá traçar um panorama da carreira da artista até os momentos atuais, rememorando também o papo com Zuza Homem de Mello e espetáculo que deu origem a mais um lançamento do projeto Relicário.
SOBRE RELICÁRIO
O projeto Relicário foi inaugurado em abril com o álbum João Gilberto (ao vivo no Sesc 1998). Este é um projeto do Selo Sesc que tem resgatado os áudios de shows históricos realizados em unidades do Sesc em São Paulo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, remasterizados e formatados como álbuns digitais.
A série também oferece o contexto histórico de cada registro, através de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público, de forma gratuita no site sescsp.org.br/relicario.
Os trabalhos são disponibilizados na plataforma Sesc Digital, que realizou uma adaptação especial para receber materiais em áudio, complementando o catálogo de filmes, cursos e outros 24 mil conteúdos que compõem o serviço sob demanda do Sesc São Paulo.
SOBRE O SELO SESC
Desde 2004 o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto naquelas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Em catálogo, constam álbuns em formatos físico e digital que vão de registros folclóricos às realizações atuais da música de concerto, passando pelas vertentes da música popular e projetos especiais. Entre as obras audiovisuais em DVD, destacam-se a convergência de linguagens e a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc.
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