No dia 17 de março deste ano um homem subiu nu em uma estátua do General Osório no Rio de Janeiro, a ação foi um ato de desespero em que o cidadão afirmou que só desceria da estátua quando fosse vacinado. A cena que parece de alguma comédia desconexa com a realidade inspirou Rubel que lançou nesta quarta-feira (07) o single “O Homem da Da Injeção II”.

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A data do ocorrido completava aproximadamente um ano em que o país tinha entrado de quarentena. A falta de vacina, o aumento dos casos registrados e o desrespeito das medidas de proteção faz com que cada pessoa tenha uma reação. Rubel em um samba irônico e cômico canta um pouco mais sobre o ocorrido.

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A faixa, chega acompanhada de um clipe que tem a abertura inspirada na franquia de “Star Wars” em que contextualiza a situação do país de 2021. Após somos apresentados ao homem que gritava “Vacina! Vacina! Vacina!”.

Em nota, Rubel explica um pouco mais sobre a origem da canção. “Há algum tempo, tenho vontade de escrever músicas que falem mais diretamente da nossa situação como país, e essa pareceria com o compositor Breno Goes é minha a primeira canção nessa direção política. O título da música é uma referência ao samba de um dos primeiros compositores cariocas, Sinhô, chamada O Homem da Injeção, de 1930. A caminho para a biblioteca nacional, onde registraria a canção, no entanto, Sinhô faleceu precocemente, sem deixar nenhum registro da letra ou da melodia. A música se perdeu para sempre”, explica

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Ainda detalha um pouco sobre a semelhança entre os dois momentos “A letra supostamente falava de um serial killer que usava uma injeção para matar, mas gosto de imaginar que poderia, na verdade, ser uma alusão à gripe espanhola da década de 20, que Sinhô testemunhou e sobreviveu – outra trágica pandemia que assolou o mundo há quase cem anos. Separados por quase cem anos estariam também o Homem da Injeção original e o Homem da Injeção II.

“O Homem da Injeção II” conta com a participação de Esguleba e Jaguara na percussão, Mauro Diniz no cavaquinho, Carlinhos 7 Cordas no violão, Teo Lima na bateria e Jorge Helder no baixo. Para completar, o arranjo de cordas é assinado por Arthur Verocai, e o arranjo de metais por Antonio Neves.


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Em novo single, Rubel mostra que realidade pode ser mais inacreditável que a ficção