“Hoje queremos mostrar ao mundo que George Floyd não é só um nome”, disse um dos advogados da família da vítima nesta terça-feira (2), durante uma coletiva de imprensa que ocorreu na Prefeitura de Minneapolis, nos Estados Unidos. No local, estavam a mãe da filha de Floyd, Roxie Washington, a pequena Gianna, de seis anos, e o jogador de basquete Stephen Jackson.
Esta foi a primeira vez que Washington se pronunciou sobre a morte do ex-parceiro, ocorrida em 25 de Maio. Neste dia, Floyd foi acusado de fornecer uma nota falsa em um mercado local e detido pela polícia. Um vídeo chocante mostra que o policial Derek Chauvin pressionou o joelho sobre seu pescoço, mesmo ele estando de bruços no chão e já algemado. O homem de 46 anos dizia repetidamente “não consigo respirar”, sendo ignorado pelas autoridades. Chauvin foi preso e será julgado por homicídio culposo.
Após uma semana do assassinato, Washington conversou com a imprensa bastante emocionada. “Queria que todos soubessem que é isso que aqueles policiais tiraram”, disse, apontando para a filha.
“No final do dia, eles [policiais] podem ir para casa e ficar com a família. Gianna não tem um pai. Ele nunca verá a filha crescer, formar-se. Ele nunca irá levá-la ao altar. Se há um problema e ela precisar do pai, ela não tem mais isso”, contou, mostrando-se extremamente abalada.
A mãe afirma que está ali por sua “bebê e por George”. “Eu quero justiça por ele porque ele era bom, não importa o que pensem. Esta é a prova”, diz, apontando para Gianna. “Ele era um bom homem”, completa.
O jogador Stephen Jackson, amigo de Floyd, também se pronunciou durante a coletiva.
“Por que temos que ver uma filha ser criada sem um pai?”, indagou. O atleta se compromissou a ajudar “Gigi”, como chamam a menina, e Washington.
Jackson explicou que Floyd se mudou para o Minnesota a fim de conseguir bancar os gastos da família “e tentar ser um pai melhor, um melhor provedor. O único motivo parar ir a Minnesota era trabalhar e dirigir caminhões”.
“Estou dizendo a vocês: não iremos embora, exigimos justiça”, afirmou.