Porquinhos da índia viraram um sabor de sorvete no Equador. Apesar de ser visto por muitas pessoas apenas como um pet, o roedor é um ingrediente bastante tradicional em certos países da América Latina, como Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, onde uma sorveteria o usa para fabricar suas sobremesas.
A responsável por elevar esta carne a outro nível é María del Carmen Pilapaña, dona de uma pequena sorveteria localizada perto da capital Quito.
“Estava desconfiada, mas é gostoso”, descreveu uma das clientes, Marlene Franco, de 78 anos, à agência Associated Press.
De acordo com o veículo, Pilapaña serve 150 bolas de sorvete de porquinho da índia por semana, com o cone custando US$ 1, aproximadamente R$ 4. Entre outros sabores diferentes estão os sorvete de besouros e cogumelos.
“Minhas família e meu marido pensaram que eu estava louca. Eles acharam que ninguém iria gostar desses sabores, e agora eles são o nosso carro-chefe”, contou a empreendedora.
Para quem não está acostumado com a carne do roedor, a ideia parece estranha. Contudo, Carolina Páez, diretora do setor de antropologia da Universidade Católica de Quito, explica que o porquinho da índia “é um alimento antigo muito importante nas sociedades indígenas andinas, especialmente por seu alto teor de proteínas”. “Então não é surpresa que os equatorianos comam porquinho da índia e os usem até mesmo para fabricar sorvete”, completa.
Pilapaña está só começando: ela planeja lançar sorvetes de caranguejo, frango e carne de porco.