O Globoplay lança nesta terça-feira (2) uma de suas produções mais ambiciosas: ‘Aruanas’. Trata-se de um ‘thriller ambiental’ protagonizado pela advogada Verônica (Taís Araujo), a jornalista Natalie (Débora Falabella), a ativista Luiza (Leandra Leal) e a estagiária Clara (Thainá Duarte), que juntas formam a ONG Aruana, responsável por investigar crimes ambientais. Ou seja, mexer no vespeiro.
Mas lidar com o ativismo ambiental não poderia ser uma tarefa fácil. É como Taís Araújo explicou durante o lançamento da série em São Paulo: “acho muito difícil entrar em um projeto desses e ele não te transformar.”
Até mesmo Leandra Leal, uma velha conhecida das militâncias e que marca presença com fortes opiniões nas redes sociais, afirma que seu foco não era tanto o meio ambiente. Mas isso mudou após se deparar com ‘Aruanas’.
“Sempre me identifiquei com causas mais ligadas à liberdade, mas confesso que a causa ambiental não era algo que pautava tanto minhas lutas, e foi realmente essa série que me fez criar essa ação, essa vontade de modificar meu dia, de falar sobre isso”, conta Leandra.
Gravar na Amazônia durante os meses de Setembro e Outubro de 2018, em meio ao furacão das eleições, foi uma experiência arrebatadora, ela relata. “Era muito doloroso olhar para aquilo e imaginar que isso poderia não existir”, lembra. “Foi desesperador. Voltei com uma vontade absurda de mudar”.
Por mais que tivessem consciência sobre os problemas enfrentados pelo meio ambiente, o elenco acredita que o projeto foi essencial para dar um gás nas ações. “Eu me considerava uma pessoa consciente antes dessa série. No meio, eu vi que consciência sem ação serve para pouca coisa, se não até para nada. É urgente, é preciso agir”, advertiu Taís.
Camila Pitanga, intérprete da vilã Olga, acredita que a força da série é “despertar esse sentimento de ‘eu posso fazer, eu quero'”, lembrar que não é preciso ser um ativista para agir. “‘Aruanas’ lembra que há coisas a fazer”.
“A ideia é dessacralizar a figura do ativista, entender que ele é um ser especial porque se dispõe, tem a ousadia. Mas ao mesmo tempo ele tem dor, ele tem suas paixões, ele tem as suas dúvidas, a sua vida pessoal”, reflete.