A loja Nordstrom retirou de seu catálogo o que eles chamavam de ‘turbante completo’ da Gucci, após a grife italiana ser acusada de apropriação cultural. O acessório, semelhante à peça utilizada pelos Sikhs, havia sido colocado à venda por US$ 790 (aproximadamente R$ 3.200) no site.
“Decidimos parar de vender o produto e o retiramos do site. Nunca foi nossa intenção desrespeitar este símbolo religioso e cultural”, respondeu a loja, nesta quinta-feira (16), a uma seguidora.
“Nós pedimos desculpas àqueles que se sentiram ofendidos”, completou a marca no Twitter.
O item, porém, já tinha acendido um debate quando foi lançado, em Fevereiro de 2018, no desfile de outono/inverno da Gucci. Isso porque a peça tem um significado sagrado para os seguidores do sikhismo, religião originária de Punjab, na fronteira da Índia com o Paquistão.
O turbante é utilizado em outras regiões, mas no caso da comunidade Sikh, ele significa piedade, honra e espiritualidade, de acordo com o The Independent. “Não é apenas um acessório para monetizar; é um artigo religioso de fé que milhões de Sikhs veem como sagrado”, posicionou-se a organização Sikh de Nova York no Twitter.
“Muito acharam esta apropriação cultural inadequada, pois usá-lo apenas pela moda não valoriza seu significado espiritual”, completou.