Uma professora do Ensino Fundamental foi demitida nos Estados Unidos após ter um nude vazado. De acordo com o processo, a imagem íntima mostrava Lauren Miranda de topless e teria sido obtida e veiculada por um estudante.
Segundo informações do New York Post, a escola demitiu a profissional por acreditar que ela é “um modelo inadequado” para os alunos e o advogado de Miranda, John Ray, rebateu a penalidade, caracterizando-a como injusta. “Isso não aconteceria se ela fosse um homem.” Ele a defendeu dizendo que “os peitos de uma mulher não são indecentes”.
Durante uma coletiva de imprensa, a professora afirmou que a imagem foi obtida sem seu consentimento e reforçou que não há nada de errado com o corpo feminino: “eu estou com maquiagem em uma das mãos e tirando foto com a outra”. Na época em que foi registrada, a imagem havia sido enviada para um ex-namorado, professor de outra escola.
Miranda e Ray entraram com um processo contra o colégio pela postura adotada e, caso ganhem, terão direito a uma indenização de US$3 milhões. Ela quer conseguir seu emprego de volta e ser um modelo aos alunos. “Que tipo de exemplo eu seria se me escondesse?”, indagou. Segundo informações do jornal, a escola ainda não informou quais medidas administrativas foram tomadas em relação ao estudante acusado de ter vazado a foto.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Data & Society Research Institute, uma em cada 25 estadunidenses já foram ameaçadas ou vítimas do chamado pornô de vingança, quando uma foto ou vídeo são vazados e compartilhados sem o consentimento de quem aparece. Para mulheres mais jovens, até 30 anos, o número chega a ser ainda pior: uma em cada 10 já foi ameaçada de ter registros íntimos publicados.