Prestes a lançar seu terceiro álbum em setembro, Murilo Sá prepara o lançamento de três singles: Canção do Fim, Tempos Esquisitos e Cara.
O primeira saiu nesta sexta (3) e com ela o nome do disco: FossaNova. Murilo toca todos os instrumentos e lembra uma onda chill wave.
Na entrevista, o músico baiano radicado em São Paulo fala sobre o trabalho inédito, método de composição, cena atual e outros assuntos.
Qual é o conceito do seu disco novo e como ele apareceu?
Murilo Sá – Comecei a compor esse disco quando o clima geral do país estava bem estranho, era clima de golpe, e eu pessoalmente vivia num certo caos e andava tomando alguns golpes da vida.
Escrever canções sempre foi uma maneira de me sentir melhor ou lidar com momentos assim. De maneira geral, o conceito do álbum gira em torno dessa aceitação das coisas que desagradam, da fragilidade nas relações humanas e da necessidade de viver uma fossa, às vezes, pra depois ficar bem, sair mais forte.
O que está rolando de mais interessante na música atual na sua opinião?
Murilo – Esse ano me chamaram atenção alguns artistas relativamente novos como Lau e Eu, Wasadog, Malu Maria, Olympic, YMA, entre outros.
Como é seu processo de composição?
Murilo – Meu processo de composição não segue exatamente um padrão. Posso ser inspirado pela história de personagens de um filme ou por algum sentimento, ou emoção. Às vezes começo a cantarolar uma melodia caminhando na rua e isso acabar ganhando uma letra depois e vira canção. Mas geralmente ocorre de maneira espontânea, não gosto muito de forçar muito a barra pra sair música.
Quais são suas principais referências estéticas?
Murilo – Cultura pop em geral, dos 50s pra cá. Atualmente tenho andado particularmente interessado na estética lo-fi, tanto em música quanto em vídeo.
Quais são seus valores essenciais?
Murilo – Eu nunca de fato refleti de maneira objetiva sobre essa questão, mas talvez a tranquilidade seja a coisa que eu mais valorizo, seja nas relações ou na vida como um todo.