Muito antes do atual levante LGBT na música, no começo dos anos 2000, Daniel Peixoto chutava portas com sua atitude electropunk no Montage. Já há alguns anos como artista solo, ele segue pesquisando beats, timbres e climas da eletrônica, mas também experimenta ritmos nordestinos em camadas aprofundadas de pop.
“Gravamos o clipe da Aura Negra em 2016, essa faixa era pra ser o segundo single do meu album mais fomos adiando porque mesmo como o aspecto propositalmente trash ele deu bastante trabalho pra ser feito, especialmente a finalização dos defeitos especiais (risos). O casting é integramente formado por amigos meus aqui de São Paulo e escolhi pra locação espaços que eu adoro na cidade, como o parque minhocão e a praça Roosevelt. Eu tenho um carinho por essa música que é a única do meu disco que não foi escrita por mim, e sim por Jonnata Doll, um grande amigo tambem cearense e um artista sem comparações na atualidade, me senti honrado com o presente e eecidi gravar”, disse ao Virgula.
“O mesmo carinho eu apliquei no videoclipe, direção de um grande amigo, com elenco amigo em locais que são meu quintal praticamente. Gravar esse faixa foi como voltar um pouco no tempo e reviver as gravações do Montage, bem punk, bem electropunk”, afirmou o cearense do Crato.
O clipe de Aura Negra mistura animação, drones e muitos carões conhecidos na noite de São Paulo. As gravações aconteceram no Minhocão e na praça Roosevelt, em São Paulo.A produção e pós-produção do vídeo é assinada por Marco Matheus.
Após o duo Montage, Daniel lançou o álbum Mastigando Humanos e seu EP Shine (2011). Agora, ele está em tour com o disco MASSA (2017). A produção e estúdio, no entanto, continua em ritmo frenético, ele está gravando um novo álbum produzido por Rodrigo Gorky (produtor de Pablo Vittar, Banda Uó, Bonde do Role) que ainda não tem data de lançamento, mas já está com mais de 70% concluído.