O cantor, compositor e radialista Kid Vinil morreu nesta sexta-feira (19), aos 62 anos. A informação foi inicialmente confirmada por amigos como Luiz Thunderbid e João Gordo.
Kid estava internado no Hospital da Luz, na região da Vila Mariana, em São Paulo, e teve uma piora no quadro clínico nesta tarde, tendo que ser levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local. O músico não resistiu e acabou falecendo.
Antônio Carlos Senefonte sofreu uma parada cardíaca no dia 16 de abril depois de um show em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais, e foi levado a um centro médico daquela cidade. Ele tinha diabetes e chegou a ser colocado em coma induzido durante o processo de tentativa de recuperação.
Naquela noite, Kid participava de um projeto com outros cantores dos anos 1980, como Kiko Zambianchi e Ritchie, em um clube local. O produtor do artista informou que ele foi o primeiro a se apresentar e, depois de sair do palco, começou a se sentir mal e foi atendido por uma enfermeira no clube.
Ele, então, passou alguns dias internado em Minas, mas, com a ajuda de arrecadação financeira entre fãs através da internet, conseguiu ser transferido de helicóptero para São Paulo, onde seguiu o tratamento. Familiares e amigos estavam esperançosos com a evolução do quadro de Kid, que chegou até a conseguir se mexer e abrir os olhos. O cantor não tinha filhos nem era casado.
Ícone
Kid Vinil ficou famoso nos anos 1980 como vocalista do grupo Magazine, de clássicos como Tic Tic Nervoso e A Gata Comeu. No início dos anos 1980, tocou na banda de punk rock e o rockabilly Verminose, que chegou a ensaiar uma volta nos anos 2000. Também foi um dos maiores incentivadores do início do movimento punk paulista, organizando shows e tocando músicas de bandas de punk rock e pós-punk em seu programa de rádio.
Trabalhou também na televisão, em programas como Boca Livre e Som Pop, na TV Cultura, e Mocidade Independente, na Band, além de ter sido VJ da MTV no clássico Lado B.
Atualmente, trabalhava como DJ e viajava o Brasil com seus projetos pessoais. Em 2010, lançou Kid Vinil Xperience, seu primeiro CD solo. Em 2o13, Vinil Ao Vivo, seu primeiro DVD.
Amigos lamentam
Nas redes sociais, colegas do movimento punk, amigos de outras emissoras e fãs lamentaram a morte do cantor, que deixa um legado incalculável para o rock nacional.
Amigos, acabei de receber a mais triste notícia de que meu amigo e professor Kid Vinil faleceu hoje a tarde.
Muita tristeza!#RipKidVinil— Luiz Thunderbird (@LuizThunderbird) 19 de maio de 2017
Querido Kid Vinil, obrigado pela música e os ensinamentos. — Pablo Miyazawa (@pablomiyazawa) 19 de maio de 2017
Kid Vinil foi uma das maiores definições de “boa-praça” já nascidas no Brasil
— Bruno (@_BrunoHoffmann) 19 de maio de 2017
O rock perde Kid Vinil. Radialista, jornalista, cantor, executivo de gravadora e um dos seres humanos mais doces que conheci. — Serjones (@Serjones) 19 de maio de 2017
Triste com a morte do Kid Vinil. Autor de chicletaços dos anos 80, grande apresentador do Lado B MTV, apresentou-me Manic Street Preachers.
— Márvio dos Anjos (@marvio) 19 de maio de 2017
Kid querido… meu professor … descanse em paz https://t.co/aNfAJx9gtJ — João Gordo (@joao_gordo_) 19 de maio de 2017