Spotify chega ao Brasil!
Uma excelente notícia para os apaixonados por música e que usam serviços de streaming no Brasil: a partir desta quarta-feira (28), está disponível ao usuário brasileiro uma nova opção, o Spotify Brasil. A empresa sueca chega ao mercado nacional para trabalhar ao lado de nomes como Rdio, Deezer e Napster, entre outros, na disputa pela preferência do público que consome música pela web.
Segundo Gustavo Diament, gerente geral para a América Latina do Spotify, o serviço visa combater a pirataria e aquecer o mercado, remunerando os artistas que sobrevivem de arte. Por enquanto, a cobrança da mensalidade será em dólares da seguinte forma: US$ 5,99 — mesmo valor cobrado nos Estados Unidos e será necessário o uso de um cartão de crédito internacional. Mas, segundo o gerente, o custo logo será convertido para o real, passando para R$ 14,90
“É mais barato que um ingresso de cinema ou dois chopes no bar da esquina. Oferecemos um serviço de qualidade, com uma biblioteca de 30 milhões de músicas e mais 1 bilhão de playlists, além de fomentarmos o mercado da música remunerando os artistas”, afirmou Diament. O gerente, porém, foi reticente ao ser questionado sobre qual o valor pago aos músicos: “nós não negociamos diretamente com as bandas ou cantores, falamos com selos e gravadoras. As negociações são exclusivas e cada caso é um caso”.
Sobre o acervo de faixas e álbuns nacionais, Diament garante que o serviço está trabalhando com afinco para levar aos usuários brasileiros uma experiência satisfatória. “Nós fizemos longas e extensas pesquisas sobre o mercado brasileiro, além de termos, de fato, uma curadoria nacional, que une músicos, formadores de opinião e especialistas em música. Ainda não temos todas as músicas do mundo, mas estamos trabalhando para isso”, disse Gustavo, antes de acrescentar: “Todos os dias, sem exceção de nenhum, adicionamos 20 mil novas músicas ao serviço”.
PREÇO E PLANOS:
O Spotify, inicialmente, trabalhará com dois planos. O primeiro é gratuito, com interrupção de publicidades. O usuário acessa o serviço de plataformas como dektop e em tablets, de forma gratuita, em troca da exibição de curtos anúncios em áudio, de até 30 segundos, entre as faixas.
O segundo plano é o premium, que custa US$ 5,99 por mês. O ponto negativo é que o usuário depende de um cartão de crédito internacional para aderir ao serviço. Diament, contudo, garante que em breve o valor será convertido para reais, com o preço fixo de R$ 14,90.
Ambas opções permitem execuções em aparelhos móveis, mas no gratuito é possível apenas ouvir músicas em ordem aleatória. Segundo o gerente, o mercado mobile é a prioridade para a empresa no Brasil. Por isso, trabalham em cima de um sistema de compressão de dados e buffer, para que a execução não seja interrompida por falta de uma rede sem fio ou tecnologia 4G.
“NOSSO MAIOR CONCORRENTE É A PIRATARIA”
Para Diament, a missão do Spotify é combater a pirataria: “A meta é reduzir o mercado ilegal no Brasil, como ocorreu na Suécia, onde o lançamento do Spotify diminuiu em 30% o consumo ilegal de música online”. Em pouco mais de seis anos de atividade, a empresa repassou aos músicos que disponibilizam seu catálogo ao serviço mais de US$ 1 bilhão em direitos autorais.
“O desafio foi criar um produto tão bom quanto o Napster, mas com um modelo de negócios que possa beneficiar a indústria e fazer a roda girar. No Brasil, já somamos mais de 300 mil acordos com gravadoras e selos”, explica o executivo. Diament também ressaltou que o mercado para música streaming no Brasil é gigantesco, mas depende de alguns pontos como: smartphones mais baratos e melhorias na infraestrutura da rede de internet.