Vanessa Moreno
Nome da nova cena de música brasileira, a cantora Vanessa Moreno lança o álbum Em Movimento no dia 11 de maio, às 20h, na Sala Itaú Cultural. A são-bernardense esteve em gravações e shows ao lado grandes nomes da música brasileira, como Roberto Menescal, Rosa Passos, Chico Saraiva, Fabiana Cozza, Chico Pinheiro, Arismar do Espírito Santos, Filó Machado, Nailor Proveta, Mônica Salmaso, Maria Gadu, Tó Brandileone, Marcelo Pretto, Toninho Ferragutti, entre outros.
Com o contrabaixista Fi Maróstica, Vanessa desenvolve um trabalho em duo com dois discos lançados: Vem Ver (2013) e Cores Vivas – Canções de Gilberto Gil (2016). Este trabalhgo a levou para palcos importantes de espaços culturais e festivais de jazz em São Paulo e Europa, como Viva Brasil Festival (Amsterdã), B.Leza (Lisboa) e Jamboree (Barcelona), Auditório Ibirapuera (SP), Ilhabela in Jazz (SP). Os dois discos ganharam versões japonesas e foram apontados como destaques da música brasileira no país que é um dos principais mercados da música nacional no exterior.
O clarinetista e arranjador Nailor Proveta, verdadeiro monstro, assina o texto de abertura do encarte. O trabalho, repleto de canções autorais, de novos compositores, traz duas releituras do cancioneiro brasuca. Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, conta com a participação especial do quarteto de cordas Iapó, liderado por Carol Panesi, que assina o arranjo de cordas desta faixa. Assim como Silêncio das Estrelas de Lenine e Dudu Falcão aparece na formação de voz, clarone e clarinetes, tocados por Alexandre Ribeiro.
O disco conta ainda com as participações especiais de Olívio Filho no acordeom, Larissa Finocchiaro e Caio Merseguel nos vocais e Cássio Ferreira no sax soprano, que acompanha o grupo na canção Serena do Olhar de autoria de Vanessa, em homenagem à sua mãe que, como conta a cantora, foi sua motivação principal neste trabalho.
“Desde o início do ano passado, quando minha mãe passou deste plano pra outro, iniciou-se pra mim um processo de muitos aprendizados. Com essa nova fase, comecei a visualizar que as canções que eu estava escutando e também o que eu estava começando a compor tinham muito a ver com este processo. A partir daí, Fi Maróstica (com quem eu já tenho dois discos gravados em duo de baixo e voz), iniciou o processo de produção deste meu disco, me ajudando a organizar as coisas e deixar mais claro o que tudo isso significava pra mim. Foi um processo super intenso e de muito aprendizado”, afirma Vanessa.
Nós perguntamos para Vanessa também, que já fez parcerias com músicos de diferentes gerações, que características destacaria da nova música brasileira em comparação com o que foi feito há 20, 30 anos. “Bom, penso que a arte seja reflexo do momento em que vivemos. Dessa forma, assim como há 20, 30 anos, nós artistas busquemos expressar o nosso cotidiano, dividindo com as pessoas o que nos faz sentido no momento. Então acho difícil fazer essa comparação, mas posso dizer que a música que vem antes é sempre forma de inspiração para as gerações posteriores. Desde sempre é assim. Uma coisa que difere, na minha opinião, é que as mídias sociais permitiram também um intercâmbio maior e mais rápido entre músicos e compositores de diferentes partes do mundo, facilitando as parcerias musicais e abrindo novos horizontes”, aponta.
A cantora do ABC comentou também sobre o que considera que esteja acontecendo de mais novo na música brasileira hoje. “Muita coisa! (risos). E o que eu acho mais legal, é que tem muita coisa boa e diferente boa para todos os gostos. Tem coisa interessante e bacana acontecendo na área da música instrumental, como Quarteto Iapó, Neymar Dias, Paulo Almeida quinteto, Alexandre Ribeiro, Fabio Leal, Duo Carol Panesi e Salomão Soares, assim como tem na área da canção, como DDG4, Flaira Ferro, Cristiano Cunha, Metá Metá, Fabiana Cozza”, enumera. “Enfim… é muita gente boa e com certeza estou esquecendo um monte de gente que eu adoro ouvir”, completa.
Em Movimento foi gravado ao vivo no estúdio Arsis. Fábio Leal (guitarra), Wagner Vasconcelos (bateria) e Fi Maróstica (baixo) dividem as bases das canções com a cantora. Fi assina também arranjos e produção.
Quem acha que a música brasileira parou no tempo está apenas procurando no lugar errado. Aí está Vanessa Moreno e tantos outros novos nomes que não param de surgir para comprovar.
