Se Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler honrarem a palavra, o show que o Black Sabbath realizou nesta noite de domingo, 4, em São Paulo, foi o último da banda no Brasil, já que a turnê se chama The End Tour e promete encerrar de vez os trabalhos do grupo. Triste! Mas não para quem esteve no Estádio do Morumbi, pois saiu felizão da vida em ter visto de perto um dos maiores nomes e precursores do heavy metal. Mesmo embaixo de chuva.
A terra da garoa esteve presente durante toda a apresentação, mas os integrantes, e muito menos o público não arredaram o pé por causa da chuva, hora mais forte, hora mais razoável. Ozzy, que completou 68 anos neste sábado, 3, se mostrou em forma tanto na presença, como na voz (ok, ele não é mais o mesmo Príncipe das Trevas de anos atrás que corria feito louco pelo palco, mas continua bem vivão). Iommi, o cabeça da banda, mostrou porque é o mestre dos riffs pesados. Ele sim é o pai do heavy metal. E Geezer lembrou a tantos que é único com o seu timbre de baixo poderoso e inconfundível.
Na bateria, o incansável e estiloso Tommy Clufetos demostrou em um solo de bateria de quase dez minutos o porque é merecedor do cargo que um dia foi de Bill Ward. Já nos teclados, uma curiosidade: Adam Wakeman é filho de Rick Wakeman, do Yes, que tocou no Sabbath em 1973, no álbum Sabbath Bloody Sabbath. Quem se ligou disso, pirou.
O repertório não foi surpresa para ninguém e seguiu o mesmo apresentado em Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, com todos aqueles clássicos que os fãs esperam: War Pigs, Iron Man, Children of The Grave, After Forever, Rat Salad, N.I.B., Black Sabbath e claro, a mais esperada de todas, Paranoid, que encerrou a apresentação épica. Sente a vibe:
Em janeiro de 2017 o Sabbath ainda faz poucos shows na Europa e daí coloca o ponto final no dia 4 de fevereiro, quando se apresenta em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. Após isso, quem viu, viu. E o Brasil, viu!