Raul Seixas
Paulo Coelho, o escritor brasileiro que a crítica literária ama odiar, tem coração de arquivista. Ele disponibilizou no site da Fundação Paulo Coelho mais de 80 mil documentos, que vem guardando desde os anos 1960. Entre os papéis estão roteiros de shows de Raul Seixas – de quem Coelho foi amigo próximo -, além de letras de músicas, documentos de gravadoras em que trabalhou e teses acadêmicas.
“Se meu trabalho resistir ao tempo, sempre haverá curiosidade em saber como vivi os dias que me foram dados caminhar na face da terra. Meus manuscritos. Meus diários. Os recortes de imprensa. As cartas dos leitores. E por aí vai. Portanto, eu e minha mulher, a pintora Christina Oiticica, resolvemos criar uma Fundação onde todo este material poderá ser acessado”, diz Paulo em comunicado publicado em seu site.
Paulo guardou tudo que produziu nas últimas cinco décadas. Além de publicar os materiais na internet, ele levou uma cópia de cada documento para Genebra, onde mora, de avião e navio. Os documentos ficarão guardados na Fundação Paulo Coelho, que está sendo construída na cidade da Suíça e devem ficar abertos ao público.
“Condizente com nosso tempo, entendemos que um local físico não basta – a pesquisa seria limitada àqueles que podem vir até Genebra, onde estamos instalando a Fundação Paulo Coelho”, acrescentou.