Ninguém viverá pra sempre, mas o metal irá. Neste sábado (19), primeiro dia do Rock in Rio dedicado ao rock pesado e suas variações, o público não abriu mão da roupa preta e enfrentou temperatura máxima de 35,5° na cidade. “Preto é atitude, rapaz”, bradou Ricardo Dias, radialista, diante da pergunta se ele tinha se arrependido da escolha de vestir preto da cabeça aos pés. Ele estava totalmente ensopado, após passar um bom tempo na frente de esguichos que atenuavam o calor senegalês.
“O grande barato do Rock in Rio é a liberdade. É muito mais que um festival”, disse. “Não tem essa parada de vaidade, de um olhar o outro. A gente vem aqui pra brincar, zoar… e se molhar”, completou.
De camiseta preta dos Sex Pistols e touca dos Ramones, que não fariam feio em Londres e Nova York, o funcionário público Rafael Santana, de Linhares, Espírito Santo, negou que o preto seja essencial para ele ir a festivais e shows de rock. “Não faço questão, não.”
Já Andy Willians Matos, técnico em eletrônica, disse ter aprendido a lição após experiências traumatizantes no passado. “Não venho de preto pra ficar assando de jeito nenhum. De noite até que vai, mas de dia não dá”, afirmou. Ele, que é de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, e estava com mais duas amigas, aproveitou para dar uma receita para quem não abre mão de vestir preto, sem ligar pro clima: “É só jogar limão, enrolar papel alumínio e deixar dourar”, brincou.
Veja nossa galeria do público no segundo dia e deixe que os metaleiros sejam felizes com seus pretinhos básicos. Os caras são guerreiros e você não tem nada com isso, bro.