Nesta quinta-feira 17/09, Marina Lima completa 60 anos de idade. Embora atualmente não esteja tão presente no cenário, Marina tem uma bagagem de respeito. Musa dos 80, diva roqueira, flertou com o eletrônico, lançou modas e tendências e foi referência para gerações.
Já na capa de seu 1º disco, Simples como Fogo, lançado em 1979, Marina causava com um visual “gata black pré-Flashdance”…
E desde o começo de sua carreira Marina caiu nas graças das novelas da TV Globo. Ela emplacava uma música atrás da outra nas produções da emissora. Desde 1979, com A Chave do Mundo (presente na trilha da novela Pai Herói) até O Chamado (novela Quatro por Quatro, 1994), foram 20 faixas nas trilhas sonoras da Globo.
Entre elas, Marina emplacou até temas de abertura nas novelas – Tão Beata Tão à Toa (em Corpo a Corpo, 1985) e Pra Começar (em Roda de Fogo, 1986). Ela é a terceira cantora brasileira com mais músicas em novelas (atrás de Gal Costa e Rita Lee).
E os clipes de Marina? Muitos marcaram época. Um dos mais divertidos e que mostram com perfeição a “galera dourada” do início dos anos 80 é Corações a Mil, composição de Gilberto Gil, de 1981. Dá um look no figurino e no cabelo de Marina. E os skatistas, futebolistas e ginastas que invadem o clipe?
Outro clipe marcante de Marina pra cultura pop é Criança, de 1992, estrelado pelos quase adolescentes Selton Mello e Preta Gil!
Marina também criou músicas que entraram de vez pro imaginário coletivo. Uma Noite e Meia é até hoje um hino dos videokês:
A cantora também se aventurou no cinema. Em 1984, ela atuou no filme Garota Dourada, onde gravou Romance & Aventura, dueto com Ricardo Graça Mello (seu par romântico no filme). E o look “motoqueira pré-Rihanna” de Marina no filme? Um must!
Nos anos 90, Marina entrou numa fase introspectiva que gerou o disco O Chamado, de 1993, uma de suas obras mais maduras e legais.
Em 1999, aos 44 anos, Marina surpreendeu muita gente ao posar nua para a revista Playboy.
Em 2004, a cantora entrou para o time de apresentadoras do programa Saia Justa, substituindo Rita Lee.
Por volta dos 50 anos, Marina começou a frequentar o clube paulistano A Lôca, reduto underground. Em homenagem à casa, ela compôs Vestidinho Vermelho, que na letra diz: “Eu estava lá na Lôca / É, na Lôca, aquele inferninho”.
A faixa entrou pro CD Lá nos Primórdios, de 2006. No mesmo álbum, ela gravou Anna Bella, que diz: “Já que é assim me pergunto / Uma coisa que pensei / Por que as mulheres também não podem ter a sua sauna gay?”
A letra veio reforçar a postura de Marina, que sempre se definiu bissexual, e já em 1984 regravou uma música de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, sem mudar o sexo da letra, cantando: “Você precisa de um homem pra chamar de seu / Mesmo que esse homem… seja eu!”
Por tudo isso, Marina Lima será sempre um ícone do rock, do pop, da música, do comportamento. Aprendam, novas gerações