Gogol Bordello agita palco Sunset
Créditos: Gabriel Quintão
Antes do show do Gogol Bordello com participação especial de Lenine, neste sábado (21) no Rock in Rio, um produtor disse para o plateia que este encontro vinha sido planejado há um ano. Pior. Escalar a banda de gypsy punk, ou punk cigano, em um dia em que muita gente foi para ver John Mayer, era o prenúncio de um “flop” anunciado.
Não deu outra, a banda do ucraniano radicado no Brasil Eugene Hütz foi recebido com um grande bocejo. E isto é uma tarefa árdua. O Gogol por si só é uma festa, com músicos de várias nacionalidades e o casamento de instrumentos elétricos e acústicos, como sanfona e violino.
Mas nada que a combinação de gente que não estava nem aí e o som eternamente ruim do palco Sunset, sempre baixo e embolado, não desse jeito. A propagada “verdade” que Sunset não é um palco secundário cai por terra diante dos problemas técnicos recorrentes. Será que a trasmissão da TV tem a ver com isso?
Evidente que fazer o show de um festival com tantas especificidades de cada banda e ainda mais um som difícil como o do Gogol, exatamente pelo motivo já citado de usarem instrumentos incomuns no rock. Mas o show de Moraes Moreira e Pepeu Gomes, em revival dos Novos Baianos, para o Virgula Festivais um dos melhores de toda a edição, mostrou que é preciso valorizar a diferença e descolonizar o Rock in Rio.
Como já professou Gilberto Gil em O Sol de Oslo: “O povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe”.