Beyoncé apresenta show da turnê 'Mrs. Carter Show'


Créditos: Felipe Panfili/AgNews

Beyoncé é uma diva absoluta e dona de uma voz impresionante. Porém, a cantora norte-americana não permite ao público desfrutar de seu grande poder vocal. O show da turnê Mrs. Carter Show, que ela apresentou na noite desta sexta-feira (13), no palco Mundo, principal do festival Rock in Rio, impressiona pela tecnologia e inúmeras trocas de figurino, mas abafa o atrativo principal: sua potente voz.

A apresentação é uma alucinante experiência sensorial: imagens hipnóticas são exibidas em um telão de LED de altíssima definição, jogos de luzes, canhões de laser, muita fumaça, dezenas de dançarinos e uma banda formada por 10 instrumentistas, dão ao show o tom de grande espetáculo pop comparável aos de Madonna e Britney Spears – em sua época de ouro.

Com alguns minutos de atraso, Beyoncé subiu ao palco após o telão exibir uma introdução em que ela é coroada em seu ‘reino do pop’. Em seguida, surge no palco usando um maiô – sua marca registrada – com belos bordados, enquanto é possível ouvir a introdução do hit Run the world (Girls), que usa o inconfundível sample de Pon De Floor, do produtor Diplo.

Os gritos e aplausos dos fãs são abafados pela enérgica End of Time, single de seu mais recente álbum 4 (2011), e também por uma cascata de fogos de artifício no palco. “Boa noite Rio de Janeiro, é uma grande prazer estar aqui com vocês”, diz a cantora ao fazer o primeiro contato com o público e as costumeiras menções ao Brasil.

Ao som de Naugth Girl, Beyoncé vai de encontro aos fãs que se espremem na grade que separa o público do palco. Com aproximadamente 15 minutos de show, ela troca de roupa enquanto o telão exibe o vídeo que dá início ao segundo ato do espetáculo.

De volta ao palco, a norte-americana mostra a balada If I Were a Boy, acompanhada da versão de Andrew Oldham Orchestra para a música dos Rolling Stones, The Last Time. Mais tarde é a vez de Baby Boy, parceria de Beyoncé com Sean Paul e hit de seu primeiro álbum solo, Dangerously in Love (2003).

Outro grande destaque do espetáculo é a banda que acompanha a cantora. Formada apenas por mulheres, a The Sugar Mamas, conta com 10 instrumentistas que dão show técnica, beleza, sintonia e dança. A saxofonista Tia Fuller, a mais conhecida do grupo, estava no Brasil recentemente para uma apresentação solo no BMW Jazz Festival.

Com uma sequência que inclui Love on top, e os megahits Crazy in love e Single ladies (Put a ring on it), acompanhada pela inconfundível coreografia que é reproduzida efusivamente pelo público, o show atinge seu ápice. As escolhidas para fechar a apresentação em clima apoteótico são Irreplaceable, uma versão indefectível de I Will Always Love You e Halo.

E, quando todos achavam que o show da diva no Rock in Rio não passaria de mais um em sua turnê mundial milimetricamente ensaiada, veio a grande surpresa. Ao som de Ah lelek lek lek lek lek, Beyoncé fez o ‘passinho do volante’ e rebolou como uma nata dançarina de funk. Em seguida, desceu do palco, chegou bem perto do público e, cercada por seguranças, saiu de cena. 


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