New Order
Créditos: Divulgação/T4F
Os New Order foram os escolhidos para encerrar a terceira edição do Lollapalooza Brasil, na noite deste domingo (6), tocando no palco Interlagos. Apesar da pesada concorrência – o Arcade Fire se apresentava ao mesmo tempo no palco Skol -, muitos fãs sacrificaram o show da banda canadense para curtir o seminal grupo da década de 80.
Três anos após sua última passagem por São Paulo, quando o New Order foi atração do festival UMF, a banda atualmente formada por Phil Cunningham, Gillian Gilbert, Stephen Morris, Tom Chapman e Bernard Sumner subiu ao palco ao som de Crystal, do álbum Get Ready (2001). Como era de se esperar, o grupo inglês mostrou uma canção inédita – com um adendo de Sumner.
“Vamos tocar uma faixa nova e o nome dela não é Drop the Guitar, como falaram por aí. Ela se chama Singularity, afirmou o vocalista. Após a execução da faixa, o músico voltou a repetir o nome e, desta vez, o soletrou: ” s-i-g-u-l-a-r-i-t-y”. O tom irônico é por conta de vídeos feitos durante a apresentação do New Order no Lollapalooza Chile, que foram divulgados na internet erroneamente nomeando a música como Drop the Guitar.
Apesar de terem escolhido um set list com hits como Bizarre love triangle, Ceremony, Temptation e Blue monday a apresentação passou longe de ser empolgante. Simpático, Sumner falou sobre caipirinha, churrasco e futebol, mas nem assim arrancou uma reação animada dos fãs.
O fantasma de Peter Hook, que deixou o grupo em 2007, continua assombrando a banda. A ausência do músico, responsável pelas linhas de baixo características ao New Order e hoje substituído por Tom Chapman, é sentida durante toda a performance. Não por acaso, ele vive criticando seus colegas por estarem na estrada com um repertório baseado em hits com 30 anos de idade.
Vale lembrar: nos últimos 21 anos, os New Order lançaram apenas três álbuns: Get Ready (2001), Waiting for the Siren’s Call (2005) e Lost Sirens (2013). Há rumores de que um novo álbum será lançado ainda em 2014. Aguardamos com ansiedade um novo respiro para uma banda que tanto contribuiu para a boa música. E não mais shows apáticos e sem emoção, que desmerecem ao nome New Order e deixa uma sensação de frustração nos fãs.