Foi um show. A Seleção Brasileira apresentou o seu melhor jogo até agora na Copa das Confederações e não deu chance à atual campeã mundial e europeia, a Espanha, e venceu por 3 a 0 neste domingo (30), no Maracanã. O placar dilatado mostrou bem o que foi a partida, com o Brasil neutralizando o reconhecido bom toque de bola espanhol e sagrou-se tricampeão seguido e anotando seu quarto título do torneio.
Contando com o apoio de mais de 70 mil torcedores no Maracanã, a Seleção terminou o primeiro tempo da decisão já derrotando os rivais por 2 a 0. Os gols foram marcados por Fred, logo no início, e Neymar, de perna esquerda, aos 44 minutos.
Mesmo tentando ficar mais tempo com a bola, os espanhóis foram dominados no primeiro tempo e o time de Luiz Felipe Scolari mostrou uma de suas melhores apresentações desde a mudança de técnico.
No início da segunda etapa, quando as coisas pareciam mudar com uma Fúria ofensiva, Fred voltou a mostrar seu faro de gol e, com um toque forte e rasteiro, ampliou para o Brasil.
Com 3 a 0 no placar, o time passou a administrar mais a bola e assim acabou dando mais espaços aos espanhóis. E, em uma jogada pelo lado direito do ataque, a Fúria conseguiu um pênalti. Em falta feita por Marcelo, Jésus Navas caiu e o arbitro marcou a infração.
Na cobrança, Sergio Ramos foi para a batida e mandou para fora, para delírio da torcida brasileira, indignada com a marcação da penalidade, que foi justa.
Aos 68 minutos, o Brasil mostrava sua superioridade e Piqué parou um contra-ataque perigosíssimo com chute em Neymar. O futuro companheiro do atacante no Barcelona foi expulso.
Nos minutos finais da partida, Felipão resolveu dar uma oportunidade ao meia Jadson, do São Paulo. Um dos únicos atletas da seleção que ainda não tinha entrado em campo na Copa das Confederações, o atleta substituiu Hulk, que saiu bastante aplaudido. Além dele, Jô também entrou em campo, na vaga do artilheiro Fred.
Ao som de “Vem jogar, vem jogar, que o Brasil vai te ensinar”, ecoado pelos torcedores no Maracanã. Felipão chamou o meia Hernanes e fez sua última modificação na partida. O camisa 8 do Brasil entrou na vaga de Paulinho, um dos destaques da partida.
Com o final da partida chegando, o time verde e amarelo tocava a bola com propriedade, ao som de ‘olé‘ da torcida em êxtase. Após pouco tempo de acréscimo, o árbitro encerrou a final.
A partida registrou o recorde de público no novo estádio do Maracanã. Segundo a Fifa, 73.531 torcedores estiveram presentes no local para acompanhar de perto o jogo entre Brasil e Espanha.
Vice, a Espanha levou o troféu Fair Play, como a seleção que mais jogou limpo no campeonato.
Neymar ficou com a chuteira de bronze por ter marcado quatro gols no torneio. Apesar de também ter marcado cinco gols como Fernando Torres, Fred ficou com a chuteira de prata, com o espanhol levando a dourada.
A Luva de Ouro foi para Júlio César, como o melhor goleiro da Copa das Confederações.
O volante Paulinho levou a Bola de Bronze. Andrés Iniesta ficou com a Bola de Prata e, Neymar, levou para casa a Bola de Ouro de Melhor Jogador do campeonato.
Ficha técnica:
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes) e Oscar; Hulk (Jadson), Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Espanha: Casillas; Arbeloa (Azpilicueta), Sergio Ramos, Piqué e Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Mata (Navas), Pedro e Torres (Villa). Técnico: Vicente del Bosque.
Árbitro: Björn Kuipers (Holanda), auxiliado pelos compatriotas Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra.
Cartões amarelos: Arbeloa e Sergio Ramos (Espanha).
Cartão vermelho: Piqué (Espanha).
Gols: Fred (2x) e Neymar (Brasil).
Estádio: Maracanã (Rio de Janeiro).
